quarta-feira, 27 de junho de 2012

Agradecimentos finais

Durante os 10 meses de existência desse blog, ele teve mais de 4.500 visualizações (um número impressionante para nós!). Em 96 posts publicados, compartilhamos com vocês desde a concepção até a concretização dessa aventura. O blog teve apenas 9 seguidores associados e 23 comentários publicados, mas houve um número muito maior de pessoas que preferiram usar nossos emails pessoais para expressar suas opiniões e acompanhamento.

Temos certeza que ele foi nosso principal recurso para conseguirmos obter 89,71% dos custos que havíamos previstos. Nesse último post, gostaríamos de mostrar a vocês como esse dinheiro foi gasto:
 
Num total de 16 dias, visitamos 5 cidades, 17 igrejas, 3 museus e 9fizemos9 3 passeios destinados às crianças. Andamos bastante, adoecemos, mas permanecemos animados. Vimos e celebramos uma eucaristia com o Papa. Muitas pessoas se admiraram com a nossa empreitada em família, e nós nos admiramos com o contentamento e a generosidade de padres, casais e irmãos que conhecemos durante a viagem.

Ao fim dessa jornada, só nos cabe nos despedir com dois desejos:

Primeiro, anunciar nosso desejo de participar do próximo Encontro Mundial das Famílias que será na Filadélfia, nos Estados Unidos em 2015;
    
E expressar mais uma vez nosso agradecimento formal às pessoas que participaram da nossa empreitada, direta ou indiretamente, muito ou pouco, perto ou distante, no início ou mais no fim, não importa.

Ao Frei Manuel pelas orações e acompanhamento,
Ao Frei Valério, Frei Gustavo, Ricardo e Patrícia pela acolhida,
Ao Eduardo e Syrte pela gentileza,

Aos nossos familiares, em especial à Graziela e Caubi, pelo carinho e atenção,
À nossa comunidade pelo apoio. Em especial, ao nosso casal responsável Antônio e Rinanda pelo incentivo, ao Paulo pela generosidade e à Rita pelo fiel acompanhamento,
À 6a comunidade neocatecumenal de Sta Rita pela confiança,
A Luiz, Raquel e David pela disponibilidade e disposição,
A Adelson, Paula e filhos por todas as generosas ajudas prestadas,
A Eliena e Gelena pelo tempo e esforço,

Aos outros casais peregrinos pelo sonho compartilhado e à Rose pela dedicação,
Ao Ali pelo conselho,
Aos nossos colegas e conhecidos que nos venderam Euros por preços camaradas,
Aos colegas da Fiocruz por comprarem nossos quitutes,


À Lia, tia, irmã e cunhada querida, pela ajuda de longa data, e pela ajuda durante a viagem


Por último, mas não menos importantes, àqueles que tornaram essa viagem possível graças à importância de suas participações:    
A todos que nos fizeram doações,
A todos que compraram nossos produtos ou contrataram nossos serviços,
A todos que, de perto ou virtualmente, viveram conosco essa aventura,
A todos que comentaram no blog, nos enchendo de alegria, em especial à Graciele e Lia Carolina,
A todos que rezaram por nós,
E a todos os demais que já estão na nossa lista de Agradecimentos.

Finalizamos com o tema do Encontro:

A FAMÍLIA, 
O TRABALHO,  
E A FESTA!

Até a próxima: Filadélfia 2015!

MUITO OBRIGADO!
Felipe, Graziane, Estêvão, Clara, Verônica, Helena e bebezinho que está por vir.

Nossas dicas e decisões acertadas

Se serve de ajuda para quem planeja viajar por conta própria, isto é, fazendo seu próprio roteiro, resolvemos relatar decisões que nos pareceram acertadas. Pensamos que elas se aplicam para qualquer  destino.

1) Pesquise. Nos parece ser o melhor meio de conseguir o que quer. Não há como garantir que o hotel ou o clima ou o transporte transcorrerá exatamente da forma que você esperou, mas certamente estará dentro de alguns parâmetros que eram importantes na hora da escolha. Aqui, quero fazer um comentário especial sobre o googlemaps, ele foi crucial na escolha dos hotéis, dos meios de transporte que usaríamos e nos percursos que faríamos.

2) Compartilhe com outros. Conversar sobre nossas intenções com parentes, amigos e conhecidos nos permitiu estar mais bem informados sobre assuntos relevantes e ter ideias valiosas. Por exemplo, foi o Frei Cleuto que nos falou sobre hospedagem em conventos.

3) Antecipe compras de tickets online. As filas para aquisição das entradas na Basílica de São Marcos, na Galeria Uffizi, no Coliseu e no Museu do Vaticano eram enooooooooooormes. Mas não pegamos nenhuma, pois com nossos tickets comprados via internet tínhamos acesso preferencial. Lá na Itália, estar com criança de colo muitas vezes não era garantia de atendimento especial...


4) Acompanhe as variações de câmbio. Meses antes da viagem, Felipe começou a observar as oscilações do Euro. E infelizmente perdemos a melhor oportunidade de compra contando com uma possível maior queda. Portanto, minha dica é: compre a qualquer queda, mesmo que seja uma pequena quantia. Você já sairá economizando.

5) Leve pouca bagagem se tiver de se locomover muito. Se for uma viagem curta, como a nossa, não há necessidade de muitas roupas, muito menos de sapatos. Melhor lavar algumas peças de roupas nos banheiros dos hotéis do que pagar para carregarem suas malas. Esse serviço nos custou caro em Milão, negociar com italianos é um pouco complicado...


6) Elabore um roteiro. Sem uma agência ou um guia de viagem que se encarrega de todo o itinerário, cabe a você, aventureiro, conceber um roteiro. Nós saímos de Manaus com um bom planejamento: hotéis reservados, passagens de trens, mapas de metrô e linhas de ônibus das cidades, entradas para lugares muito procurados, etc. E garanto: economizamos não só dinheiro, mas principalmente, tempo e energia. Você acaba conhecendo melhor o local. Um site interessante é o Tô indo para a Itália.

O que ganhei peregrinando...

Bom, depois de certa insistência da Graziane e alguma resistência minha em escrever, decidi não mais postergar e registrar a minha experiência, ou o que eu ganhei com tudo isso... De antemão peço desculpas pois sou prolixo.

Tanto trabalho antes, durante e depois para quê? Alguns podem se perguntar.
Se fosse apenas uma viagem de férias para a Itália, eu diria que preferiria gastar menos e ir para Fortaleza, por exemplo, onde eu poderia descansar, me divertir. Mas não era uma viagem, era uma peregrinação e isso fez toda a diferença. Fomos para, de alguma forma, termos um encontro com Deus, ver o rosto de Jesus Cristo, ouvir sua voz, e ver que a sua Igreja está cheia de vida e que, mesmo remando contra a maré neste mundo, não estamos sós, não somos loucos.

Desde o início era uma viagem impossível, mas o que é impossível para nós é possível para Deus. Do ponto de vista financeiro, a viagem era impossível, pois meu salário é suficiente apenas para nos mantermos, e olhe lá. Uma viagem cara como essa, indo com toda a nossa família e mais minha irmã para nos ajudar, seria inviável do ponto de vista financeiro, ainda mais tendo apenas 9 meses de preparação. Mas Deus nos precedeu quando trabalhávamos e até mesmo quando descansávamos. E essa foi a primeira coisa que ganhei, antes mesmo de partir: fé em Deus. Ele é fiel, e se é da sua vontade, as coisas simplesmente acontecem. Não devo me preocupar com as coisas materiais como vivo me preocupando, agora eu tenho mais uma forte experiência concreta disso.

Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos?
São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso.
Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Mateus 6:31-33
A viagem para mim também era impossível do ponto de vista físico e emocional.
Eu já sabia que fisicamente a viagem seria puxada - carregar os meninos, as bagagens, andar por longos percursos, viajar de trem, ônibus, metrô...
Quem me conhece, sabe que sou do tipo sedentário, peso apenas 50kg e com massa muscular mínima; por minhas forças, eu não daria conta do recado.
Um pouco mais de um mês antes da viagem eu comprei um tênis e decidi correr no tempo que tinha disponível, como forma de melhorar meu condicionamento, minha resistência. O que ocorreu foi que eu fiquei tonto depois de menos de 5 minutos e já estava com visão dupla. Cheguei a correr e caminhar uns 20 minutos nesse dia, mas foi o único.
O que sei é que Deus também me deu, e também à toda a família, as forças necessárias para carregar o que tinha que carregar, andar pelo percurso que tínhamos que andar e, quando não aguentaríamos, ele nos enviou pessoas para fazer isso por nós. Só para dar o exemplo que considero mais crítico.
Em Milão, todos já meio adoentados, inclusive eu, mas não tanto, andamos cerca de 4km com as crianças no dia da noite de testemunhos com o Papa. Dormimos pouco mais de 4 horas e fomos para o mesmo local no dia seguinte por volta das 7 da manhã para participarmos da missa, a maioria sem tomar café e só comemos alguma coisa no local. A missa terminou ao meio-dia, estávamos exaustos. Foi então que tivemos que andar mais uns 3km na volta, pois o caminho mais curto estava bloqueado. O que aconteceu é que Estêvão estava cansado e então teve que ir nas minhas costas. Eu só sentia meus braços e pernas dando espasmos. Graziane, nem se fala, gestante, enfrentou tudo isso sem reclamar de nada. Foi um sinal. E então se concretizou o que São Paulo dizia:
A longa caminhada...
Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte. 2 Coríntios 12:10
Emocionalmente, a viagem também prometia. Em uma agência, viajando sozinho, se algo dá errado ou foge dos planos, você simplesmente culpa o organizador, reclama com um terceiro, etc, e não acontece nada. Porém, quando é você que está no comando da viagem, se algo dá errado, a culpa é sua. E se algo dá errado com seus filhos, a culpa e a dor são muito mais que suas. E eu sou meio covarde para assumir estas responsabilidades.
Quem acompanhou o blog sabe que algumas coisas deram errado: não encontrávamos os passaportes na chegada em Lisboa; o barco em Veneza com a Lia e a Clara partiu enquanto eu embarcava as bagagens, e elas não sabiam onde deveriam descer e não tínhamos como nos comunicar; todos adoeceram e Helena e Verônica tiveram uma insistente febre por alguns dias; e outros pequenos problemas que tivemos no decorrer da viagem. Se todos nós não tivéssemos buscando ter o Espírito Santo, a viagem teria sido um fiasco.
Em Veneza ficamos a ver navios...
O que nos preparava a maioria das vezes eram a oração das laudes e os evangelhos de cada dia. Num desses dias difíceis a leitura da manhã era sobre Jó e falava:

Se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males? Jó 2,10.
Essas experiências me fazem ver a importância da oração e do contato diário com a Palavra de Deus.

Do Encontro Mundial das Famílias especificamente guardo a riqueza das catequeses preparatórias que, por sinal, ainda não chegamos a completar. Dos discursos do Papa no encontro, eu confesso que guardei pouca coisa. O meu italiano, embora eu fizesse média, não é lá essas "coca-cola" e muita coisa passou incompreendida. Eu só sei que eu devo retornar e ler tudo que o Papa disse. O pouco que guardei e recordo agora foram a importância das famílias na sociedade, e famílias no seu correto conceito: pai, mãe e filhos; de não termos medo, ele falava principalmente aos europeus em meio às crises financeiras; de sermos generosos e abertos à vida; da importância do Domingo, o dia do Senhor; e da importância do trabalho e do cristão ser sinal também no trabalho. Isso me toca pessoalmente, pois penso que deveria me esforçar mais.
Onde está o Papa?
Outra experiência que trago no coração foram as hospitalidades do Frei Valério e Frei Gustavo em Assis e da família do Ricardo e Patrizia em Roma. A generosidade, disponibilidade e alegria dessas pessoas mexeram comigo. É algo que eu desejo retribuir a quem quer que passe pela minha casa.


Patrizia, nossa anfitriã em Roma!
Visitamos muitas Igrejas, alguns museus, e passeamos por alguns lugares muito bonitos. A Itália é única no mundo e vale a pena visitá-la. Mas um lugar em especial me cativou: Assis. Essa cidade realmente tem algo de especial, santo. Ficamos com vontade de morar lá.

Assis!!!
Também foi muito bom ver nossos filhos terem essa experiência. A Graziane já contou um pouco. As orações, o interesse pela vida dos santos, enfim, alguma coisa eles guardarão.

Por último, a mensagem que ficou para mim dessa peregrinação é que nossa vida só faz sentido se anunciamos Cristo. Onde quer que seja, da forma que seja. Ele só nos pede para estarmos disponíveis.
Para isso, primeiramente, precisamos querer nos converter. Depois, Deus, da nossa bruteza, consegue extrair coisas boas. E é isso que nós oferecemos a Deus hoje, a nossa família, e certamente Ele fará bom uso dela. Quem sabe de tantos filhos, não sai um sacerdote ou uma clarissa...

Ciao!

Felipe

domingo, 24 de junho de 2012

Os Padres e religiosos

Padres são as pessoas que nos ajudam a ter um encontro com Deus e durante a peregrinação alguns padres nos deram essa ajuda e gostaríamos de mencioná-los.
Frei Manuel
Não encontramos com o Frei Manuel na Itália mas ele nos acompanhou desde o início da jornada e certamente esteve conosco espiritualmente e rezou por nós durante a peregrinação. Só temos a agradecer a este homem que nos casou e batizou todos os nossos filhos, além de ser nosso confessor e diretor espiritual.


Pela Itália encontramos com o Padre Manolo, outro padre espanhol, que foi nosso catequista há alguns anos atrás. Lembrou-se de nós e de nossa história e foi muito legal nos reencontrarmos e ver a alegria de alguém que não se arrepende de ter entregue a vida pela evangelização. Padre Manolo aguardamos você ano que vem para a Jornada da Juventude.

Na cidade que guardamos em nosso coração, Assis, fomos muito bem acolhidos pelo Frei Valério, este senhor de 80 anos, frei capuchino, escritor, compositor e muitas outras coisas... com ele pudemos conhecer a 'letizia francescana' , além de toda a hospitalidade e generosidade que nos comoveram. Este homem tem um amor enorme pela Amazônia e esperamos poder retribuir da mesma maneira em uma visita aqui por Manaus. Lá também conhecemos o Frei Gustavo que foi nosso cicerone em Assis. Ele merece todo a nossa gratidão, sem ele nossa viagem por Assis não teria sido tão rica.

Frei Valério
Frei Gustavo
Bom, além destes encontramos com as irmãs do Istituto delle Suore Figlie di San Giuseppe de Carbulotto e as irmãs franciscanas em Florença. Também encontrei no avião com o Padre João Paulo que faz parte da comunidade Shalom e tivemos uma excelente conversa sobre a Igreja e os carismas do Caminho Neocatecumenal.
É muito bom ver nessas pessoas que entregam a vida pelos outros e por amor a Deus o rosto de Cristo. Os trabalhadores da vinha são poucos mas o mundo não está perdido.

sábado, 23 de junho de 2012

Museus

Visitamos três museus durante nossa viagem: a Galeria Uffizi em Florença, o Museu do Vaticano e o Museu Missionário Amazônico em Assis.

A visita ao primeiro foi cuidadosamente planejada. A Galeria Uffizi é um dos mais conceituados e visitados museus do mundo. As filas para compra das entradas podem ser quilométricas. Nele se encontram famosas obras de arte dos mais renomados artistas, como o imenso e belo quadro O Nascimento de Vênus de Botticelli. Imensos corredores repletos de majestosas esculturas e salas cheias de quadros conhecidos fazem da Uffizi parada obrigatória em Florença.
Apesar de não termos enfrentado filas (ver post sobre dicas!), nossa visita foi um pouco conturbada, pois as crianças precisaram ir ao banheiro em horas diferentes, e precisei parar para amamentar Helena enquanto Verônica queria andar. Nós três, adultos, nos separamos e só nos reencontramos mais de meia hora depois.

Corredor dos mapas no Museu do Vaticano,
um dos poucos espaços onde fotos são permitidas
Quem vai a Roma, não pode deixar de ir ao Museu do Vaticano, pois lá se encontra a belíssima Capela Sistina. Foram os últimos ingressos a serem comprados, pois a venda inicia somente semanas antes da data. No dia da visita, a fila estava gigantesca, mas nós entramos por uma portinha discreta sem ninguém à nossa frente (novamente, vale a pena ler o post sobre dicas!).
O museu é imenso! E lindo, lindo, lindo! São inúmeras salas e corredores: de arte egípcia, arte grega, vasos, pratos, esculturas de animais, quadros, mapas, tapetes, os famosos afrescos, até arte contemporânea. Há vários roteiros, você pode escolher entre breves e longos, mas não importa sua escolha, irá terminar na Capela Sistina. Muito bela! Infelizmente não é mais bonita, porque está sempre abarrotada de gente que não pára de falar e um pouco escura, penso que para preservar os afrescos de Michelangelo. Apesar de aqui também termos nos separado acidentalmente da Lia, que dessa vez estava com Clara e Estêvão, milagrosamente nos reencontramos na porta de entrada da Capela.

MUMA em Assis e a beleza de sua exposição
MUMA - Três andares de alta tecnologia num prédio construído
antes do descobrimento do Brasil
A visita ao Museu Missionário Amazônico em Assis - MUMA - não estava nos nossos planos. Na verdade, eu nem sabia da existência dele. Ele faz parte da divulgação da obra missionária de décadas dos padres franciscanos capuchinos de Assis aqui no Amazonas, em especial nas populações ribeirinhas. Foi uma visita muito rápida, pois estávamos a caminho da estação de trem indo para Roma. E fico feliz pela parada. O museu é sensacional! Moderníssimo, pois usa da interatividade e projeção de imagens por sensor para expor seus artefatos indígenas e explicar o trabalho realizado por aqui. A réplica da flora e fauna num jardim de inverno de três andares também chama a tenção. E a entrada é franca!




sexta-feira, 22 de junho de 2012

Meu relato pessoal

Eu e Clara admirando pinguins bem de pertinho no Oceanário de Lisboa
Essa foi minha quinta peregrinação. Solteira, fui a duas Jornadas Mundiais da Juventude com o Papa João Paulo II (Paris,1997 e Toronto, 2002) e também na sua visita à Terra Santa no Jubileu do ano 2000. Já casada, fui ao V Encontro Mundial das Famílias de 2006 em Valência.
Tenho certeza de que nessas quatro primeiras viagens Deus me preparava para essa última, a melhor de todas, até agora! São vários os motivos.

Primeiro, porque fui com meu esposo e filhos. Penso não ser necessário falar muito sobre a importância de ir a um encontro com o Papa com os pequenos. Felipe e eu fundamentamos nossa vida em Deus e, portanto, damos o devido valor à nossa comunhão familiar. Viver algo com eles que eu mesma já havia vivido quando jovem é muito mais que legal, é uma forma de passar a fé. E nessa viagem pude ver que Deus tem realmente me ensinado a criá-los e a educá-los nessa fé, pois pude observar seus comportamentos durante momentos difíceis, como nos de cansaço, durante as missas que exigiam silêncio, e nas suas orações nas igrejas. Não poucas vezes, eles foram os sinais de Deus para mim. Vou dar-lhes um exemplo. Num corredor de acesso ao nosso quarto no convento em Veneza, havia uma imagem de Nossa Senhora num canto e uma de Jesus Cristo no outro. Na nossa primeira saída, pedi para pararmos e rezarmos uma Ave-Maria frente à Nossa Senhora para que ela nos acompanhasse e quando retornamos, rezamos um Pai-Nosso frente a Cristo para agradecermos. Aconteceu que havíamos sem querer um hábito, pois as crianças passaram a pedir para rezar frente à Virgem e a Cristo todas as vezes que saíamos ou chegássemos em todos os conventos pelos quais passamos.

Um outro motivo que fez dessa peregrinação única, foi tê-la vivido intensamente antes, durante e mesmo depois da viagem. Como sabem, esse blog foi criado para compartilharmos com vocês nossos esforços para arrecadarmos verbas para podermos viajar. Também espiritualmente, caminhando e assistindo às catequeses preparatórias para o encontro. O que vivemos durante a peregrinação - as missas, as igrejas, o encontro! - foram o ápice! Mas Deus ainda nos permite experimentar esse espírito peregrino mesmo depois do retorno. O bispo D. Luiz havia recebido o grupo de casais de Manaus em sua casa dias antes do embarque e pediu por outro encontro assim que retornássemos.
Esse encontro se deu num almoço muito íntimo na casa de um dos casais peregrinos. Lá, resolveram sortear um casal para dar seu testemunho sobre a peregrinação e fomos nós, Felipe e eu, os sorteados. Nunca poderia eu prever que meu primeiro relato sobre a viagem seria justamente para o ilustre D. Luiz, bispo de Manaus, que está se despedindo, pois está se aposentando. Ele, que já havia feito a mesma coisa com os jovens naquelas peregrinações de que fiz parte. Para mim, foi o fechamento perfeito para essa peregrinação, pois não sabia mais como conter tanta alegria e gratidão a Deus por todo o bem que ele me faz, como rezou um dia a Mãe de Deus.

D. Luiz nos recebeu em sua casa e deu-nos a sua bênção antes de irmos
Para não me estender muito, vou dar só mais um motivo (e longo!) e finalizar esse post.
Nessas peregrinações pode-se sentir o Espírito Santo muito fortemente, mas no início não foi assim comigo. Em mim, o Espírito foi crescendo conforme eu me aventurava.
Na primeira, em 1997, fui equipada com máquina fotográfica para registrar minha ida à Paris e com muito dinheiro para gastar, mas de tão boba cheguei a dormir durante a vigília com o Papa. Dessa experiência, inconscientemente, trouxe para minha vida (e graças a benevolência de Deus) o interesse pelas vidas dos Santos, pois foi durante essa viagem que escutei, li e vi santos pela primeira vez.
Em 2000, pude acompanhar a viagem histórica de João Paulo II a Jerusalém num ano jubilar. Ainda levando dinheiro e uma máquina fotográfica, que quebrou no segundo dia de viagem (graças a Deus), parei e escutei, ainda com certa dificuldade, a homilia do Papa. E lá ele nos dizia: "Meus amigos, Deus também é seu amigo." Foi também nessa viagem, que comecei a conhecer Virgem Maria, Nossa Senhora, pois nas visitas às igrejas da Anunciação e da Natividade, ela foi se revelando a mim. Esses foram os dois grandes tesouros que trouxe da Terra Santa.
Para Toronto, em 2002, havia finalmente percebido que uma peregrinação não é uma viagem turística. E para vivê-la mais intensamente decidi não levar nem máquina fotográfica nem dinheiro. Penso que isso me permitiu escutar mais e guardar mais coisas no coração. As joias que trouxe dessa viagem foram 1) a compreensão de que minha vocação era para o matrimônio, e não para a vida religiosa, 2) e duas breves mensagens de João Paulo II, já muito debilitado, de que a pequena cruz que havia nas nossas mochilas (parte do kit distribuído para os jovens presentes) era para ser carregada todos os dias e, mais tocante ainda para mim, foi escutar que Deus era meu Pai. Até então, apesar de rezar o Pai-Nosso, nunca havia pensado nisso, muito menos chamado Deus de Pai. Isso foi muito impactante para mim, pois preencheu um vazio. Para quem conhece a história da minha família sabe que nós não vemos nosso pai há 20 anos. 
Casada, pude vivenciar minha primeira peregrinação para o Encontro das Famílias em 2006 em Valência. Logo que vi o Papa Bento XVI, senti a mesma coisa que sentia pelo seu antecessor, uma imensa alegria e muita gratidão por estar ali. 
Totalmente diferente das peregrinações de jovens que havia experimentado anteriormente, onde havia muitas eucaristias, rezas de terço, leitura de biografias de santos, e quase nenhum passeio sem cunho religioso, a das famílias foi um choque. Livres para ir onde quiséssemos e fazer o que quiséssemos, confesso que fiquei confusa. Isso é peregrinação?
E numa celebração penitencial que Deus já havia nos providenciado (pois conhece os corações de seus filhos), escutei do padre que escutava minha confissão, "Hoje você já está casada, escutará e viverá coisas diferentes de quando era solteira. Se Deus lhe permite liberdade para passear pela Espanha, aproveite, acompanhada pelo Espírito de Deus." E aos poucos, laudes (orações da manhã) foram sendo organizadas, eucaristias providenciadas. Hoje entendo que o Espírito Santo pode-se fazer presente, porém de uma outra forma.
Hoje, percebo que essas peregrinações anteriores, que tanto me ensinaram algumas coisas, me levaram a entender e aceitar outras, aprofundaram minha fé. Deus sabia que somente com essa bagagem peregrina, eu seria capaz de encarar uma viagem ao exterior, grávida, com 4 filhos pequenos, sem padre ou catequista ou irmãos de comunidade para me orientar ou se responsabilizar pelo tempo de oração e itinerário, tendo que me preocupar com coisas que me encravavam no mundo terreno, como doenças, roupas e alimentação. Nosso Pai foi tão bondoso comigo que no justo momento em que fraquejei (ironicamente durante a caminhada para o encontro com o Papa), Ele me mostrou o papel que deveria exercer na viagem e como eu poderia manter seu Espírito em meio a tantas coisas práticas. Pois afinal, como falou aquele santo padre, não haveria como ser igual às outras - solteira, sem filhos, sem máquina, sem dinheiro... Na verdade, foi melhor!!!
E das tantas coisas que trago dessa peregrinação, uma tem valor especial - meu momento sozinha ante o túmulo de João Paulo II. 
Ao longo dos anos, a cada encontro, a cada encíclica, as palavras desse homem me atingiam. Discorria sobre assuntos que ora me corrigiam, como sobre a dignidade da mulher, ora me confortavam, como sobre o sentido cristão do sofrimento humano. E nada se comparava ao exemplo de vida, de esforço e de fé que ele dava a cada passo sofrido devido à idade e às doenças. Vê-lo sentado praticamente imóvel no encontro de Toronto, me fez entender o quanto aquele encontro com jovens era importante para ele, pois o que mais seria? Dinheiro, status, poder? Às portas da morte, ele certamente não precisava de nada disso. 
Pois em Roma, numa segunda visita à Basílica de São Pedro, pude, sozinha, rezar e agradecer em frente ao seu túmulo por esse amor a mim dedicado. 

Nono relato: Hospedagem

Durante o planejamento, fomos informados de que muitos conventos e mosteiros na Europa abriram suas portas para receber viajantes como forma de se manterem.
Através do ótimo site Monastery Stays pudemos fazer uma boa pesquisa sobre os conventos, localização e serviços e fazer as reservas. Decidimos que ficaríamos em conventos em Veneza, Florença, Assis e Roma. Em Milão, decidimos nos hospedar num hotel próximo ao aeroporto de Bresso, onde se realizaria o encontro com o Papa.
Aconteceu que um irmão catecúmeno, nosso amigo, Eduardo, que já havia morado na Itália por 6 anos, que também foi à peregrinação com sua esposa Syrte e seus 3 filhos, contactou seus antigos amigos e nos ofereceu estadias Assis e Roma. E assim se cumpriu.
No quarto do convento em Veneza
Em Veneza, ficamos no excelente Convento das Irmãs de São José, não somente pela ótima acomodação e espaço para as crianças brincarem, mas principalmente pela alegria e gentileza das irmãs. Eis a diferença crucial entre se hospedar num hotel e num convento!
Os quartos eram simples, mas confortáveis. E como não é um hotel, não há aparelho de TV ou frigobar. Isso nos permitiu viver uma outra atmosfera.
E nos espaço só para elas no convento em Veneza
Também ficamos num convento em Florença, das Missionárias de São Francisco de Assis. E vivemos experiência semelhante à de Veneza, fomos igualmente muito bem alocados e atendidos. 


Em Milão, Deus nos reservou momentos difíceis. Talvez fosse nossa provação de fé. Ao contrário do que se espera de um local especializado em hospedar pessoas, o hotel não nos recepcionou bem. Além disso, nosso quarto era escuro, acarpetado e tinha duas grandes e grossas cortinas, ou seja, empoeirado. E havia pequenas manchas marrons muito suspeitas na cortina da banheira. Foi exatamente aqui onde as crianças adoeceram, Helena teve febre, e precisaram de atendimento médico.
Frei Valério chamegando Helena no quarto em Assis
Experiência oposta vivemos em Assis. Com a gentileza do Eduardo, a generosidade do Frei Valério e a disposição do Frei Gustavo, nossa estada em Assis foi a melhor.
Frei Valério já nos aguardava na estação de trem devidamente identificado com um boné do Brasil. Em seguida, nos levou de carro até a Domus Laetitiae, onde desfrutamos de excelentes acomodações e refeições sem custo. Nos deixou seu carro para passearmos pela cidade e, para nossa surpresa, ainda insistiu para que aceitássemos euros para passarmos os dias restantes de viagem mais tranquilos. Também nos apresentou Frei Gustavo, que dispôs de seu tempo para nos levar e nos instruir a respeito dos locais que visitaríamos.     
Verônica feliz da vida na sala do apartamento do Ricardo em Roma 
Por fim, experimentamos o dia-a-dia de uma família italiana em Roma, pois ficamos na casa de irmãos catecúmenos. Ricardo (manauara) e Patricia (romana) foram dois anjos que nos acolheram muito bem. Num apartamento espaçoso, além de descansar e comer bastante, as crianças puderam brincar com as filhas do casal. E eu pude enfim lavar roupa decentemente e ainda tratar melhor a gripe da Verônica, pois eles nos emprestaram seu nebulizador.
Brasileirão Ricardo ao centro

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Oitavo relato: As Igrejas

Igrejas

Havíamos planejado visitar 17 igrejas e nelas celebrar a eucaristia, ou as laudes (orações da manhã), ou as vésperas (orações da tarde) ou rezar o terço. Infelizmente, poucas dessas celebrações se concretizaram. Primeiro, que por motivos de saúde ou transporte, não pudemos visitar algumas igrejas. São elas: Santuário de Sta Gianna (Magenta), Basílica de Sto Ambrósio (Milão), Mosteiro de Sta Verônica Giulianni (Cittá di Castello), São Paulo Extramuros e Sta Cruz de Jerusalém (Roma).
Em frente à majestosa Basílica de São Marco em Veneza

Segundo, que na maioria das vezes as visitas não coincidiam com horário de missas ou orações. E, finalmente, porque em não poucos momentos, seria muito puxado para as crianças, pois chegar a elas já nos era puxado. Portanto, nós resumimos as visitas praticamente a momentos de contemplação e oração pessoal.
E em frente ao imponente Duomo de Milão 

Celebramos somente 5 eucaristias durante a viagem. Uma em cada cidade e não necessariamente onde havíamos planejado. A primeira, em Veneza, foi no próprio convento com a freiras. Simples, mas íntima e com bela e longa homilia. A segunda, com o Papa, em Milãoo ápice da viagem por excelência! A terceira, com cantos gregorianos e em latim, no Mosteiro de San Miniato, em Florença. A quarta foi a Missa de Corpus Christi na Basílica de Sta Clara em Assis. E a quinta foi com uma comunidade neocatecumental na igreja de San Saturnino, em Roma. Mesmo as missas sendo rezadas em Italiano ou em Latim, Deus nos permitiu compreender as leituras e um pouco de cada homilia. 
Interior da igreja do Mosteiro de São Miniato 

Cúpula do Duomo de Florença
Igreja de Bartolomeu in Tuto,
primeira a ser construída  no estilo do Caminho Neocatecumenal
Ao fim da nossa peregrinação, visitamos o mesmo número de igrejas e mosteiros que havíamos planejado - 17 (coincidência?). Alguns do nosso itinerário inicial, outras providenciadas por Deus durante a viagem. 
Basílica de São Francisco de Assis, com os freis Gustavo (esquerda) e Valério (direita)

Basílica de Santa Clara


Eis a lista:
Em Veneza, São Marco, Santo Estêvão, San Julian e San Salvatori. 
Em Milão, o Duomo.
Em Florença, Mosteiro de San Miniato, o Duomo, e Bartolo in Tuto. 
Em Assis, São Francisco, Santa Clara, Santo Estêvão, Santa Maria dos Anjos (Porciúncula), Rivotorto e Mosteiro de São Damião.
Em Roma, São Pedro, São João Latrão e Santa Maria Maior.
Basílica Papal de Santa Maria Maior em Roma


E como um presente final, Deus ainda me permitiu assistir à missa em Lisboa, no retorno para casa. Uma oportuna celebração para agradecer todo o bem que Ele nos fez durante a peregrinação. 
Vista magnífica da cúpula da Basílica de São Pedro 
A esplendorosa Basílica de São Pedro


Sétimo relato: Sustos


Sustos

De supetão, lembro somente de três acontecimentos que me fizeram parar e respirar fundo para não perder a calma e tentar resolver o impasse.
Após termos passado pelo controle de passaportes em Lisboa,
a espera tranquila pelo voo para Veneza

O primeiro, foi logo no aeroporto de Lisboa. O check-in em São Paulo demorou e na confusão de documentos para cá e para lá, guardei tudo numa sacola. Quando chegamos no controle de passaporte em Lisboa e busquei os docs na bolsa onde deveriam estar, cadê? Revirava a bolsa e nada! Até que fui para um cantinho e fui calmamente verificando bolsas, sacolas e casacos e, por fim, os achei. Primeira lição aprendida, manter os docs sempre guardados na devida bolsa!

O segundo susto foi na saída do aeroporto de Veneza. Precisávamos pegar um vaporeto (ônibus aquático) para nos levar ao centro da cidade. Na agonia, Felipe quis embarcar no que já estava para sair, pois o seguinte só saria em 30 minutos. Entram Lia e Clara no barco e Felipe está transferindo a bagagem da balsa para o barco quando, num piscar de olhos, o barco parte! Foi um choque! Lia não sabia nem onde deveria descer. Após uma conversa pouco esclarecedora com o funcionário, decidimos falar com o gerente, que muito eficientemente já havia resolvido o problema. Lições aprendidas: nada de pressa, afinal foi por essa razão que fizemos um roteiro mais light que o de uma agência de viagens. E sempre comunicarmos um ao outro para onde íamos e onde desceríamos.

O último susto, foi no retorno, quando chegamos em Lisboa e a funcionária da TAP nos avisa que perdemos a conexão para São Paulo. Pronto! E agora? Ainda bem que logo veio o conforto: ficaríamos num hotel com alimentação e traslado pagos pela companhia. Lição aprendida: às vezes, há males que vem para o bem!

Sexto relato: Dificuldades


Dificuldades

Nossa primeira dificuldade foi descobrir um meio de se locomover com as bagagens. Isso exigiu de nós trabalho de equipe. Assim que chegamos em Veneza e levamos o susto da separação (ver próximo post), percebemos que precisávamos dividir o trabalho e nos organizar quanto ao cuidado com as crianças e o carregamento das malas. Quando definimos pelo que cada um ficaria responsável, andar com duas malas de rodinhas, uma mochila para camping, outra para uso diário e outra com lanches nas costas, mais uma barraca e mais dois carrinhos de bebê ficou moleza, como vocês podem verificar na foto abaixo.  Felipe com mochila de 20 kg nas costas e equilibrando mala, carrinho e barraca, e sorriso lindo no rosto; Lia com Clara nos ombros, mochila nas costas e de mãos dadas com Estêvão (Não vou comentar seus cabelos).
E quem tirou a foto estava com a mochila de comidas nas costas,
carregando Helena num braço e empurrando o carrinho com a Verônica com o outro braço.
Ufa!


Para mim, esposa e mãe, responsável pelas malas e vestimentas, manter as malas em ordem e as roupas limpas era bastante trabalhoso. Por diversas vezes precisei lavar peças de roupa nas pias dos hotéis.
Como já mencionei, a gripe e alergia das crianças foi preocupante. Precisamos acionar o seguro viagem (o nosso era o Coris) para podermos ter uma orientação médica. O seguro foi show! Levou um ótimo médico ao nosso quarto de hotel que examinou nossos filhos individualmente e nos tranquilizou quanto aos seus estados de saúde. Devidamente medicados, podemos curtir uma rápida tarde em Milão.
Consulta médica em Português e bem humorada no hotel

Quinto relato: Clima

Clima

Céu azul sobre de Basílica de São pedro
Meados da primavera, com temperatura máxima entre 25C e 30C e mínima entre 12C e 16C. Casacos resolviam o problema de ventos frios. O problema era a secura e a alteração do tempo da manhã para a noite, por exemplo. Isso nos causou leves problemas respiratórios e fez com que as crianças adoecessem.
Mesmo com temperaturas amenas, preferimos agasalhar as crianças para não correr maiores riscos.

Sol, mas com casacos para protegê-los dos ventos frios

Quarto relato: Transporte


Transporte

Em Veneza, onde desembarcamos, só poderíamos nos locomover de pé ou de vaporeto, espécie de ônibus aquático. Apesar de pequena a ilha, é fácil se perder nas suas ruelas. E haja ponte!
Vaporeto no canal em Veneza
Em Milão, além de muita pernada para encontrar o papa, pegamos o metrô. Em Florença, pegamos ônibus e tram (metrô de superfície). Em Assis, Frei Valério nos deixou dirigir seu doblô. E em Roma, Ricardo nos levava para os lugares no seu carro. 
O Doblô que nos foi cedido em Assis
De forma geral, o transporte público nessas cidades é limpo e eficaz. O que nos chamou mesmo a atenção é que seu uso se baseia numa relação de confiança entre a empresa e o público, pois você só precisa autenticar os tickets em máquinas, sem apresentar comprovante ou pagar a passagem para alguém. 
Fizemos as viagens entre as cidades de trem. Pontuais, rápidos e confortáveis nos garantiram tranquilidade e economia.
E o melhor de todos: os carrinhos de passeios para as crianças! Sem eles, seria impossível para elas e para nós, manter um bom ritmo e conhecer tantos lugares. Eles serviam de carrinho e de cama para as crianças, e, às vezes, de bagageiro para as malas! Muito úteis.
Os carrinhos salvaram a pátria!
Multi-uso! 

Terceiro relato: Alimentação


Alimentação 
No San Julian, em Veneza. Massa de primeira.
Massa, muita massa. E das boas! Fosse no restaurante, nos entregando no hotel ou na casa de amigos, comemos do melhor: spaghetti a carbonara, talharim com frutos do mar, nhoque com creme de queijo, pastelzinho recheado com ricota, rondele ao creme de algo delicioso, calzone e pizzas bem gostosas. 
Também provamos porpetas (almôndegas) e filés a milanesa, claro! As crianças aceitaram bem, todas elas já gostavam de macarrão, mas demos algumas paradas em lanchonetes para agradá-las
Parada para lanchar após visitar a igreja de Santo Estêvão
O cappuccino predominava na hora do café e dos lanches.
Helena também não teve problema. Aceitou bem a diversidade de papinhas que a Itália oferece: de coelho, de cavalo, e de queijo, fora as tradicionais de boi e de galinha. 
No geral, gostoso a preços razoáveis. 
Num supermercado em Milão, abastecendo a mochila para  o encontro com o Papa
E não podia deixar de mencionar o ma-ra-vi-lho-sos sorvetes artesanais. Por várias vezes, provamos os sabores italianos: pistache, caramelo, etc.
Pequena sorveteria em Assis



Segundo relato: Passeios


Passeios

No final da viagem, fizemos dois passeios para agradar as crianças. Afinal de contas, depois de visitar tantas igrejas e andar bastante, elas mereciam momentos de diversão só para elas.
Em Roma, as levamos para um parquinho de diversão super simples e pequeno. Lá elas brincaram de pula-pula, carrinho bate-bate, montanha-russa para crianças e castelinho com bolinhas e escorregadores.
Clara e Verônica se sentindo...

No dia seguinte, ainda em Roma, fomos ao zoológico. Foi bem legal vermos hipopótamos, elefantes e alguns que ainda não tínhamos visto, como os lêmures, do filme Madagascar.
Lia e Clara para assistir o banho do hipopótamo

Por fim, graças ao atraso da TAP e o pernoite em Lisboa, conhecemos o belíssimo oceanário da cidade. Com um aquário gigante repleto de tubarões, arraias, diversas espécies de peixes e vegetação marinha e áreas reservadas que imitam o clima e o habitat de alguns animais, como os dos pinguins na antártica, o oceanário dá um show de beleza, organização e educação ambiental.
Tirando um tempo para admirar o belíssimo oceanário de Lisboa